REGIONAL
Índios de MT devem receber R$ 23 milhões para proteção das florestas e ações para melhoria na qualidade de vida nas aldeias
- Adriana Xavier /
O valor, segundo o governo do estado, deve ser disponibilizado ao longo de cinco anos.
As propostas foram apresentadas durante a Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), que reuniu mais de 500 pessoas no Parque do Xingu.
Os projetos foram construídos com a participação de 42 povos indígenas, lideranças e instituições governamentais e não governamentais.
O objetivo era responder questionamentos sobre a viabilidade de se manter a floresta em pé e os obstáculos a serem enfrentados.
Os encontros foram realizados em aldeias nos municípios de Barra do Garças, General Carneiro, Porto Esperidião, Brasnorte, São Félix do Araguaia, Paranatinga, Peixoto de Azevedo e Gaúcha do Norte.
Ao longo do processo, os indígenas definiram nove temas prioritários que abrangem desde a formação de lideranças e organizações indígenas, gestão do território, fortalecimento sociocultural, até a busca por mecanismos para garantir a participação dos povos nativos nos processos de tomada de decisão.
As propostas incluem também ações para promoção da igualdade de gênero, melhorias na qualidade ambiental dos territórios indígenas e vigilância e monitoramento.
O Programa REM é um projeto que premia países e estados pioneiros no combate ao desmatamento na Amazônia. Mato Grosso irá receber dos governos da Alemanha e do Reino Unido 22 milhões de libras e 17 milhões de euros, cerca de R$ 180 milhões na moeda atual, em um período de cinco anos.
Os recursos serão repassados pelo banco alemão KfW e administrados pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a previsão é que o primeiro desembolso seja feito em outubro de 2018.